O conceito de Employer Branding, ou marca empregadora, está relacionado à reputação de uma empresa. Foi-se o tempo em que a contratação dos candidatos para vaga de emprego dependia exclusivamente do contratante.
Hoje em dia, esse processo se tornou uma via de mão dupla, de modo que a reputação da instituição também pesa na decisão do candidato no processo seletivo. No setor de tecnologia a realidade não é diferente.
Quer entender melhor esse contexto? Continue a leitura, descubra como o Employer Branding se relaciona com a Gestão de Pessoas e veja como aplicar esse conceito nas empresas tech.
Employer Branding: conceito do ponto de vista das empresas tech
Employer Branding define a reputação e a credibilidade de uma marca empregadora. No caso das empresas de tecnologia, esse conceito vem ganhando ainda mais atenção porque a rotatividade de profissionais tende a ser maior nesse setor. De acordo com um levantamento da Robert Half, isso acontece, principalmente, devido à alta competitividade entre as empresas por profissionais de destaque.
O cenário da transformação digital e o consequente aumento da demanda por profissionais do ramo tecnológico também justificam a rotatividade maior. Nesse sentido, as empresas têm procurado investir cada vez mais em sua própria imagem para atrair e reter talentos.
Ou seja, em outras palavras, employer branding é um “chamariz” para valorizar a marca e torná-la uma escolha inteligente para o consumidor final e para o colaborador.
Employer Branding, atração e retenção de talentos em empresas de tecnologia
Atrair talentos pode até ser “fácil” dependendo dos valores cultivados por uma empresa. No entanto, se não houver alinhamento entre esse discurso e a prática organizacional, a instituição terá dificuldades para reter os bons profissionais.
Por isso é tão importante pensar em cultura organizacional para além do plano teórico. Valores como abertura para o diálogo e liderança horizontal devem fazer sentido também no dia a dia da empresa – e não ficarem restritos somente ao papel.
Se não houver essa consistência entre teoria e prática, os talentos mais qualificados tendem a deixar a empresa. É nesse âmbito que a Gestão de Pessoas se relaciona diretamente com o Employer Branding nas empresas de tecnologia.
Para você ter uma ideia da importância desse alinhamento, ainda conforme a pesquisa da consultoria Robert Half, que ouviu 300 executivos C-Level, 48% deles notaram aumento no turnover em suas empresas em comparação aos anos anteriores à pandemia.
Neste cenário, boas práticas de Employer Branding podem evitar não só a rotatividade, mas também fomentar uma cultura organizacional positiva e, assim, contribuir para a retenção de talentos.
7 Estratégias de Employer Branding para empresas de tecnologia
Então, como podemos utilizar o Employer Branding para favorecer a retenção de talentos em empresas de tecnologia? Vamos lá!
1. Definir os princípios da cultura da empresa
Mais do que definir valores institucionais e se certificar de que fazem sentido para as equipes, a empresa precisa “tirar do papel” o que está descrito na teoria. Por exemplo: se uma instituição se posiciona enquanto empresa que valoriza os colaboradores com salários acima da média do mercado, isso precisa de fato ocorrer na prática.
2. Estabelecer processos claros de Gestão de Pessoas
Todos os processos que envolvem a Gestão de Pessoas em uma empresa precisam estar claros tanto para os colaboradores que já fazem parte do quadro, quanto para aqueles que estão ingressando. Seletivos, onboarding/offboarding e cultura de feedback são alguns exemplos de práticas que devem estar muito bem estruturadas.
3. Contar com profissionais especializados de Gente e Cultura
É impossível falar de Employer Branding sem falar em Gestão de Pessoas e cultura organizacional. Mas, para isso, a empresa deve contar com profissionais especializados nesses setores para garantir a melhor comunicação possível, assim como um bom suporte psicológico aos colaboradores.
4. Manter uma comunicação assertiva
Falando em comunicação, é fundamental que os processos decisórios de uma empresa sejam claros, objetivos e assertivos. O modo como uma empresa se posiciona no mercado e a imagem que, a partir daí, é construída sobre essa “marca empregadora” dependem essencialmente da qualidade da comunicação.
5. Oferecer benefícios
Os benefícios oferecidos fazem com que o “pacote de salário”, o famoso total compensation, fique mais interessante para os profissionais. Afinal, eles conectam as necessidades individuais com estar bem amparado no exercício de suas funções.
Para definir os benefícios que serão oferecidos, é essencial analisar o perfil do time e ouvir os colaboradores.
Benefícios devem ir além do básico que o colaborador necessita para estar bem amparado no exercício de suas funções. Analisar o perfil do time e ouví-lo são aspectos indispensáveis para considerar ao colocar em prática as ações de Employer Branding.
6. Promover a diversidade e inclusão
Diversidade e inclusão são conceitos que dialogam muito com o que falamos anteriormente sobre alinhar discurso e prática. Felizmente, esses valores vêm ganhando cada vez mais espaço no Employer Branding, mas eles precisam de fato sair do papel.
7. Desenvolver um planejamento de ações
Um planejamento bem definido também é crucial para “tirar o Employer Branding do papel” e garantir uma cultura organizacional consistente e inspiradora. Portanto, seja criterioso nesta etapa e desenvolva ações focadas no bem-estar de todos os envolvidos: gestores, colaboradores e clientes.Saiba mais sobre cultura organizacional e entenda como a transformação digital vem impactando as estratégias nas empresas na reportagem de Alejandra Nadruz, Diretora de Gente e Cultura da Softplan.