Qualidade do código: Saiba como revisar o código, medir sua qualidade e dicas de ferramentas!
Desenvolver um código de qualidade é essencial para reduzir a quantidade de bugs nos softwares, facilitar a manutenção do código e reter mais os usuários. Quando uma pessoa utiliza um software, ela espera que este software possa resolver seus problemas e otimizar sua rotina. Se o software apresentar muitos problemas, a pessoa tende a perder a confiança nele e optar por um concorrente. Por isso, hoje, aqui na Softplan, vamos te ensinar o que é um código de qualidade, como revisar seu código e dicas de ferramentas para auxiliar. Confira!
O que é qualidade de código?
De maneira geral, a qualidade do código não possui uma definição exata. Cada equipe de desenvolvimento estabelece uma definição para ela, que no geral se resume na união de fatores comuns, como: manutenção, testabilidade, legibilidade e segurança. Ou seja, um código pode ser considerado de qualidade se ele for legível, de fácil manutenção, seguro e simples de testar. Escrever um código de qualidade ou código limpo envolve uma série de práticas e padrões recomendados durante o desenvolvimento. Definem-se essas práticas já no início do projeto. Seguindo elas, aliado ao uso de ferramentas manuais ou automáticas para medir a qualidade do código, é possível construir um produto com mais segurança.Porque a qualidade do código é tão importante?
Implementar um código com qualidade é relevante principalmente pelos seguintes fatores:- Reduz a manutenibilidade e otimiza melhorias futuras;
- Reduz o risco de erros e bugs;
- Acelera as entregas dos códigos;
- Auxilia na retenção do cliente;
- Melhora a experiência da pessoa usuária (UX) com o produto final;
- Garante maior segurança de dados.
Quais são as características de um código fonte de qualidade?
Para um código fonte ser de qualidade ele deve ser fácil de entender, ter fácil manutenção e deve cumprir suas funções de maneira eficiente As principais características de um código fonte de qualidade são:- Legibilidade: O código deve ser fácil de ler e entender para a equipe de desenvolvimento, com uma sintaxe clara, sem abreviações confusas e um estilo de codificação consistente;
- Simplicidade: Ele deve ser simples e conciso, a fim de reduzir erros e bugs;
- Modularidade: O código precisa ser dividido em módulos ou funções independentes, cada um com uma responsabilidade clara e bem definida. Isso torna o código mais fácil de testar, depurar e manter;
- Documentação: É importante documentar o código adequadamente, para ajudar as outras pessoas do time a entenderem a função de cada parte do código;
- Testabilidade: Deve ser fácil de testar e ter um conjunto abrangente de testes unitários para garantir que ele funcione corretamente;
- Confiabilidade: Deve ser confiável e lidar adequadamente com erros e exceções, retornando erros claros e informativos quando ocorrerem.
Então, o que é um código ruim?
A qualidade do código está relacionada ao seu nível de complexidade e legibilidade. Quando ele está muito complexo, macarrônico, acaba sendo difícil de ser compreendido e receber manutenção. Por isso, é considerado de baixa qualidade. Se o código está mal organizado, não tem documentação, não segue boas práticas da programação e possui comentários mal estruturados ou nenhum comentário que auxilie na sua compreensão, é um sinal de que ele precisa ser revisado. Além disso, um código pode acabar sendo ruim se ele não tiver sido testado, pois isso aumenta as chances de gerar bugs e erros. O código complexo, além de ter grandes impactos na produtividade da equipe, gera alto custo de sustentação. Isso também pode gerar erros no sistema e incompatibilidades, que quando não tratados rapidamente podem fazer com que o usuário final perca a confiança no produto/software.Como implementar a qualidade do código no dia a dia?
Existem alguns pontos que você pode seguir para melhorar a qualidade do código, que farão toda a diferença. São eles:- Pense duas vezes antes de criar o código, e quando feito pense se ele se encontra na maneira mais legível possível;
- Siga práticas melhores, como o S.O.L.I.D (aproveite para conhecer o princípio Singleton);
- Use ferramentas de qualidade de código como SonarQube. Caso você esteja usando uma IDE como eclipse ou IntelliJ, então você também pode usar o plugin sonar (SonarLint);
- Não crie validações que já existem em bibliotecas, como isEmpty ou isNull. Muitas bibliotecas de código aberto fornecem diversos métodos para criar validações. Um exemplo é a biblioteca Apache Commons que é um verdadeiro canivete suíço para desenvolvedores;
- Antes de criar uma classe, pesquise para ver se já não existe outra com a mesma funcionalidade;
- Procure seu líder imediato ou tech leader, e converse sobre a importância de estabelecer padrões de codificação para melhorar o software em sua totalidade.
A importância da documentação na qualidade de código
Quando uma equipe passa um projeto para outro time, a ausência de documentação de suporte com o código é sempre um sinal de alerta. Se a equipe de desenvolvimento anterior não fornecer nenhuma documentação, significa a execução inicial do projeto com uma abordagem falha. Provavelmente vai faltar a arquitetura de código e "o quadro geral", podendo facilmente resultar em falha no projeto. Com uma boa documentação disponível, a nova pessoa desenvolvedora que aderir ao projeto pode ter um processo de onboarding de alguns dias em vez de uma ou duas semanas, com uma redução significativa no custo de desenvolvimento.Como medir a qualidade do código?
É possível avaliar a qualidade de um código de diferentes formas, como por exemplo, com uma política de code review, através de ferramentas e/ou de feedbacks das pessoas usuárias. As principais formas de medir a qualidade de um código-fonte são:- Análise estática de código: Esta técnica examina o código-fonte sem executá-lo, a fim de identificar problemas comuns, como código redundante, variáveis não utilizadas, entre outros;
- Métricas de código: As métricas de código servem para avaliar o código e podem incluir o tamanho do código, complexidade, índice de coesão, entre outros;
- Testes de unidade: Ao testar cada parte isolada do código, é possível identificar erros lógicos, de sintaxe, falhas de segurança, etc;
- Code Review: Implementar uma cultura de revisão de códigos, em que as pessoas desenvolvedoras do time revisam os códigos dos outros profissionais. Isso ajuda a identificar problemas não detectados por ferramentas;
- Feedbacks das pessoas usuárias: Com feedbacks dos próprios users do seu software, é possível criar relatórios de bugs, avaliar tempo de resposta do sistema, facilidade de uso, entre outros.