Guiamos mercados rumo à inovação

Nossas tecnologias impactam milhões de pessoas, em todos os cantos do Brasil e em países da América Latina. Somos especialistas em simplificar complexidades e promovemos transformações fundamentais na vida das pessoas, solucionando as principais dores dos setores em que atuamos.

Conheça o Grupo Softplan
+ 0 anos
de mercado
+ 0
colaboradores
+ 0 prêmios
nacionais e internacionais
+ 0
clientes de diversos segmentos

Nossas soluções

Imagem GOVERNMENT SOLUTIONS

GOVERNMENT SOLUTIONS

Oferecemos soluções de transformação digital para diversas instituições do Setor Público.

Imagem SOLUÇÕES MULTISAAS

SOLUÇÕES MULTISAAS

Oferecemos um ecossistema de soluções recorrentes que atendem as demandas de gestão de negócios em diversos segmentos.

Veja quem já inovou com nossos softwares

Ford
Cielo
Assaí
Natura
"

O que nossos clientes têm a dizer

O Obras.gov vai muito além da gente simplesmente lançar as informações dentro do sistema digital (...) Ele pega o processo desde a origem até o seu final, até o encerramento de um contrato. Tudo sendo lançado dentro do sistema. Aonde a operacionalidade da gestão do contrato passa a ser não só fazer uploads de documentos, não é só escanear e subir os documentos, mas sim processar as informações.

Humberto Schmidt

Coord. Projeto Avança Saúde São Paulo | Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo 

"

Últimas postagens no blog

Ver todas
Planejamento estratégico de tecnologia no setor público: desafios e oportunidades para 2025

TRANSFORMAçãO ALéM DO DIGITAL

Planejamento estratégico de tecnologia no setor público: desafios e oportunidades para 2025

A tecnologia no setor público otimiza tarefas e facilita o acesso de serviços em diversas áreas.  O que está na base? A automatização dos processos, que oferece aos cidadãos uma melhor experiência de atendimento, clareza sobre as ações públicas e engajamento com o governo, independente da esfera, favorecendo uma gestão participativa e transparente.   Contudo, este processo vai além da simples adoção de ferramentas: exige a integração de sistemas e a consolidação de uma infraestrutura que assegure o fluxo seguro e inteligente de dados. A tarefa não é simples. De um lado, vemos avanços como a plataforma Gov.br, que já conecta milhões de brasileiros a serviços digitais, e a digitalização da Justiça, que modernizou processos e reduziu barreiras.  De outro, muitos municípios ainda lidam com sistemas fragmentados e falta de estratégias claras, o que limita a aplicação da tecnologia.  Entender esses contrastes é o primeiro passo para transcender os impactos operacionais e transformar a relação entre governos e cidadãos, conectando necessidades reais a soluções eficientes e acessíveis. O papel da tecnologia no setor público A tecnologia está redefinindo a relação entre governos e cidadãos, transformando serviços públicos em experiências mais acessíveis e alinhadas às expectativas da sociedade.   Discutir essa transformação é indispensável para compreendermos como a inovação impacta a qualidade de vida das pessoas e fortalece a confiança nas instituições. No Grupo Softplan, acompanhamos de perto a revolução tecnológica no setor público brasileiro. A experiência acumulada em mais de três décadas nos permite afirmar que a digitalização é mais que uma alternativa futura e sim, a base para um novo modelo de gestão pública. Um exemplo disso é o nosso Sistema de Automação de Justiça (SAJ), implantado no no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) em 2013. Dentre os números, destaca-se a queda da duração média de um processo judicial em 24%, entre 2015 e 2022.  No mesmo período, o índice de atendimento aos processos na fase de conhecimento aumentou 28,5%, quando comparado à média de 2010 a 2014. Confira outros números neste artigo publicado na Revista CNJ.  Serviços que antes dependiam de estruturas lentas e burocráticas agora podem ser realizados com celeridade, economizando tempo e recursos tanto de cidadãos quanto  gestores. A digitalização vai além da eficiência operacional, pois cria condições para que governos atuem de maneira mais estratégica, tornando possível identificar demandas com maior precisão e alocar recursos de forma mais inteligente. Cenário atual: exemplos de sucesso e  desafios A tecnologia tem redesenhado o setor público de maneiras que antes pareciam distantes. No Brasil, alguns exemplos são incontestáveis. A Estratégia Nacional de Governo Digital, atualizada em 2024, estabelece metas ambiciosas para posicionar o país como referência global em transformação digital até 2027.  Na prática, esta iniciativa busca expandir a oferta de serviços digitais, aumentar a integração entre sistemas e promover uma gestão pública mais transparente e eficiente. O impacto desse plano já pode ser observado em iniciativas como a plataforma Gov.br, que centralizou milhares de serviços digitais e, hoje, atende mais de 150 milhões de brasileiros. Reconhecida como a página de governo mais acessada do mundo, conforme o site Similarweb, o Gov.br representa um modelo de integração que pode inspirar outras iniciativas.  Além de simplificar o acesso aos serviços públicos, o Gov.br promove inclusão digital ao reunir em um único ambiente serviços que anteriormente exigiam interações presenciais ou sistemas fragmentados. No entanto, sua implementação enfrentou desafios significativos, como a adaptação de sistemas legados, a capacitação de servidores e a superação de barreiras culturais para garantir o engajamento de usuários e órgãos públicos. O Gov.br é um grande avanço, mas levanta um questionamento importante: estamos aproveitando todo o potencial que essa digitalização pode oferecer? Se olharmos para o cenário global, países como a Estônia mostram como a tecnologia pode transformar serviços públicos em algo funcional e acessível. Por lá, praticamente tudo pode ser resolvido online, de consultas médicas a registros de empresas. O modelo é sustentado por uma infraestrutura digital altamente integrada, baseada em soluções como identidade digital única e interoperabilidade entre sistemas, que garantem agilidade e segurança nos processos. No Brasil, adaptar práticas bem-sucedidas da Estônia exige considerar as diferenças econômicas, sociais e culturais entre os estados. Além disso, é preciso considerar a diferença de tamanho geográfico entre os países. Afinal, enquanto a Estônia possui uma população menor e mais homogênea, o Brasil precisa lidar com a desigualdade no acesso à internet e a diversidade regional. Mas, ainda sim, algumas iniciativas podem ser adotadas, como a identidade digital única,  que poderia ser iniciada em regiões com maior infraestrutura tecnológica e, posteriormente, expandida para outras áreas.  Este processo, claro, demandaria uma implantação bem estruturada - e realista.  A interoperabilidade entre sistemas, outra característica marcante do modelo estoniano, também é viável no Brasil, mas depende de investimentos em integração tecnológica e de um planejamento para unificar as plataformas existentes. O Grupo Softplan tem contribuído para essa transformação com soluções como o SAJ, utilizado em diversos tribunais do país. Essas práticas reforçam o potencial da tecnologia para superar os desafios regionais e setoriais, promovendo mais eficiência e acessibilidade em todo o Brasil. Apesar de alguns avanços na digitalização de serviços públicos, ainda há grandes desafios a serem superados, especialmente nos municípios que carecem de estratégias digitais. Grande parte das cidades opera com sistemas fragmentados, como softwares isolados para folha de pagamento, controle de compras e gestão tributária.  Esses sistemas, muitas vezes desenvolvidos de forma independente, não se comunicam entre si, gerando retrabalho, inconsistências de dados e atrasos na tomada de decisões. Nos sistemas de saúde, a fragmentação tecnológica é um desafio evidente. Um exemplo é o prontuário eletrônico do e-SUS AB, adotado apenas por parte dos municípios brasileiros. Enquanto alguns utilizam sistemas próprios, o restante ainda depende de fichas em papel, que precisarão ser digitalizadas posteriormente. A falta de integração obriga os profissionais de saúde a alternarem entre diversos sistemas para registrar informações de um único paciente, como consultas, vacinas e exames, aumentando o risco de dados incompletos e dificultando a análise e a tomada de decisões estratégicas. Essa realidade reflete uma lacuna entre o potencial da tecnologia e a experiência que o cidadão sente no dia a dia. Para superar esse desafio, é essencial não só digitalizar, mas garantir que os sistemas sejam úteis na prática. Esse contraste entre o que já foi alcançado e o que ainda falta fazer nos leva a uma reflexão mais profunda. O que impede avanços mais consistentes? Quais barreiras ainda precisamos superar para que a tecnologia alcance sua verdadeira capacidade de transformar serviços públicos? Os principais entraves à digitalização no setor público Existem diversos desafios estruturais, culturais e de gestão que afetam diretamente a eficiência e o impacto das iniciativas digitais nesse setor. Conforme mencionado, um desses obstáculos é a fragmentação de sistemas. De acordo com dados do Mapa de Governo Digital de 2022, 78% dos municípios com mais de 200 mil habitantes ainda não possuem uma estratégia digital estruturada, resultando em tecnologias que não se integram e que acabam subutilizadas.  Muitos desses municípios carecem também de infraestrutura básica, como sistemas de folha de pagamento e controle de compras, dificultando o avanço para soluções mais sofisticadas, com automação e inteligência artificial. Outro fator que impacta na transformação digital é o fator humano: é preciso engajar os servidores e capacitá-los para operar ferramentas - o que nem sempre é fácil. Diferentemente do setor privado, onde incentivos como bônus e promoções podem acelerar mudanças, no serviço público a motivação precisa ser construída com clareza de propósito e envolvimento direto das equipes. Consequentemente, projetos que poderiam trazer resultados significativos acabam sendo limitados pela ausência de equipes treinadas ou pela resistência cultural às mudanças tecnológicas. Superar a resistência cultural exige a criação de estratégias que combinem uma boa comunicação e oportunidades de crescimento e aperfeiçoamento no setor público.  Programas de treinamento devem ser acompanhados por iniciativas que demonstrem o impacto das novas tecnologias no dia a dia do trabalho, mostrando como elas podem reduzir e facilitar tarefas repetitivas, além de melhorar a qualidade do atendimento.  É também fundamental envolver os servidores nos processos de planejamento e implementação das novas ferramentas. A troca de informações e a colaboração entre setores é importante para identificar resistências antecipadamente e adaptar os projetos às necessidades reais de um setor.  Segurança de dados e privacidade também aparecem como grandes entraves, especialmente porque o serviço público absorve muitas informações sensíveis - e nem sempre a tecnologia é capaz de evitar sua exposição. Essa preocupação já levou órgãos como o Tribunal de Contas da União a recomendar políticas mais robustas de proteção e governança de dados, especialmente no cenário de avanço da inteligência artificial. Junto a esses fatores, há ainda a questão do financiamento e gestão de recursos. Transformar a tecnologia em realidade exige investimento financeiro, o que pode ser ainda um grande obstáculo para muitos municípios e estados. Embora existam linhas de crédito e iniciativas federais para apoiar a digitalização, como as disponibilizadas pelo programa FINISA — Financiamento à Infraestrutura e ao Saneamento, nem todos os gestores conseguem acessar esses recursos de forma eficiente. Muitas vezes, falta planejamento ou mesmo conhecimento técnico para preparar projetos e garantir que os recursos sejam aplicados em ferramentas que trarão impacto positivo significativo. Além disso, a gestão de recursos tecnológicos em si é um desafio.  A descentralização de iniciativas e a ausência de governança clara resultam em desperdício de recursos e na aquisição de soluções tecnológicas que não atendem às necessidades reais dos órgãos públicos. Tendências e oportunidades para governos nos próximos anos Se o planejamento estratégico é o alicerce para superar desafios, também serve como ponto de partida para identificar e explorar as oportunidades que surgem com a transformação digital no setor público. O Brasil, com toda a sua diversidade e escala, tem uma janela de oportunidade única para adotar tecnologias e modelos que já se mostraram eficazes em outros contextos, enquanto adapta essas inovações às suas próprias necessidades. Destaco aqui algumas das principais oportunidades para o setor público nos próximos anos. Expansão do uso da inteligência artificial (IA) A inteligência artificial, especialmente a generativa, abre espaço para automatizar tarefas repetitivas, melhorar o atendimento ao cidadão e processar grandes volumes de dados, como documentos judiciais ou relatórios administrativos. Projetos-piloto já mostram como a IA pode ser aplicada em áreas como triagem de processos e chatbots com linguagem natural. No contexto brasileiro, a implementação da IA pode se beneficiar de parcerias público-privadas para o desenvolvimento de soluções específicas. A IA pode ser utilizada para monitorar dados em áreas como saúde, educação e segurança pública, criando sistemas preditivos que antecipem demandas ou identifiquem problemas antes que se tornem críticos. Um possível caminho é investir na capacitação de servidores públicos para operar essas ferramentas e desenvolver competências para interpretar os resultados gerados, garantindo que a tecnologia esteja alinhada às metas estratégicas de cada setor. Investimentos em segurança da informação Com o aumento da digitalização, a proteção de dados e a segurança cibernética se tornam áreas prioritárias. A criação de equipes dedicadas e a implementação de políticas eficientes de governança de dados são oportunidades para mitigar riscos e reforçar a confiança no uso da tecnologia. No Brasil, a aplicação de estratégias de segurança passa pela criação de centros de operações de segurança (SOCs) regionais, que possam monitorar e responder a incidentes em tempo real. Além disso, é indispensável fortalecer a legislação sobre proteção de dados e capacitar servidores para lidar com práticas de segurança digital. Fomento ao uso de dados públicos A análise e o uso estratégico de dados públicos oferecem potencial para gerar insights que melhoram a tomada de decisão, otimizam recursos e criam novas oportunidades econômicas. A transparência e o acesso controlado a dados também podem estimular a inovação no setor privado, em áreas como seguros e análise de riscos. A integração de dados de saúde pública, educação e segurança permite mapear áreas de maior vulnerabilidade e priorizar investimentos. Municípios com recursos limitados podem criar consórcios para compartilhar tecnologias e especialistas em análise de dados, reduzindo custos e ampliando o impacto. A disponibilização de dados abertos pode estimular a inovação no setor privado, incentivando o desenvolvimento de soluções que beneficiem tanto o governo quanto a sociedade. Aprimoramento da experiência do cidadão Projetos que integram serviços e reduzem burocracias, como o Gov.br, demonstram como a tecnologia pode impactar positivamente a vida do cidadão. A tendência é que as iniciativas futuras se concentrem em serviços ainda mais personalizados e acessíveis. O próximo passo no Brasil é ampliar a personalização dos serviços com base nos dados do cidadão, oferecendo atendimentos mais específicos e acessíveis. Um sistema de saúde digital integrado poderia enviar alertas personalizados sobre campanhas de vacinação ou consultas médicas pendentes, melhorando a adesão aos programas de saúde pública. A criação de aplicativos móveis com funcionalidades adaptadas às necessidades locais contribui para ampliar o alcance dos serviços, especialmente em áreas rurais ou com menor acesso à internet. Sustentabilidade tecnológica A digitalização também traz oportunidades para reduzir custos operacionais e impactos ambientais, como já acontece com os processos judiciais digitalizados. Para expandir essa lógica a outros setores, é necessário incentivar o uso de tecnologias verdes, como servidores de baixo consumo energético e soluções baseadas em nuvem.  Projetos que digitalizam arquivos físicos, como cadastros de imóveis ou prontuários médicos, geram economias significativas em longo prazo e ainda reduzem o desperdício de recursos. Além disso, promover a reutilização de equipamentos de tecnologia em bom estado, como computadores e tablets, em escolas e centros comunitários contribui tanto para a sustentabilidade quanto para a inclusão digital. Estratégias para planejar o uso da tecnologia no setor público Superar os desafios da tecnologia no setor público passa, inevitavelmente, por um planejamento estratégico bem estruturado. Sem isso, a adoção de ferramentas e sistemas corre o risco de se limitar a respostas pontuais para problemas imediatos, sem promover transformações duradouras. No setor público, o planejamento deve ser pensado de forma integrada e contínua. E para que isso aconteça, inevitavelmente precisamos começar pela definição de metas concretas, estabelecendo objetivos que possam ser acompanhados e mensurados ao longo do tempo. No caso do programa Gov.br, por exemplo, foram definidas metas claras desde o início: consolidar os canais digitais de governo, criar uma identidade digital única para o cidadão e aumentar a oferta de serviços digitais. Esses objetivos simplificados garantiram o foco da equipe e a adesão de diferentes órgãos governamentais ao longo do projeto. No contexto municipal, essa prática pode ser adaptada. Prefeituras e consórcios regionais devem definir indicadores que traduzam o impacto das ações, como a redução de filas em atendimentos presenciais ou o aumento no número de processos digitais. Outro elemento indispensável é a integração de sistemas e o uso de plataformas compartilhadas, que permitem o acesso fácil a dados, promovem economia de recursos e tornam a implementação mais ágil. Mão na massa: planejamento estratégico do uso da tecnologia no setor público O primeiro passo de planejar o uso da tecnologia no setor público é realizar um diagnóstico detalhado. É preciso avaliar a infraestrutura existente, como hardwares, quais softwares a entidade já utiliza, analisar como eles se conectam com os demais e aspectos mais técnicos relacionados à segurança de dados.  Também é necessário mapear os processos administrativos para identificar gargalos e ineficiências. Ouvir os servidores e cidadãos ajuda entender quais demandas, de fato, precisam ser priorizadas. Com o diagnóstico concluído, o planejamento pode ser iniciado com base nas informações e dados obtidos. Definir objetivos claros, estabelecer metas e organizar um roadmap que detalhe as etapas do projeto são as etapas posteriores.  Organizar fluxos de trabalho e responsabilidades evitam atrasos e desperdícios. Junto a isso, deve-se calcular prazos e orçamentos, considerando os custos, a necessidade de recursos humanos e os tempos de execução.  Para acompanhar o progresso e corrigir possíveis desvios, é indispensável estabelecer indicadores de desempenho, como o aumento de processos digitalizados ou a redução no tempo de espera por serviços. Essas métricas dependem do tipo de setor.  Focar nas ações de conscientização e uso dos novos recursos reduzem erros e promovem a adoção eficiente das ferramentas, contribuindo para o sucesso das iniciativas. Os treinamentos devem ser realizados quantas vezes forem necessárias.  Para manter a eficiência das operações, é preciso considerar atualizações periódicas, a fim acompanhar mudanças tecnológicas e normativas.  Orçamentos destinados ao suporte e à expansão das soluções são indispensáveis, assim como políticas que assegurem a continuidade dos projetos, independentemente de alterações na gestão. Inovar com propósito A transformação digital no setor público deve ser guiada por objetivos tangíveis, conectando tecnologia às necessidades concretas da sociedade. Cada avanço precisa estar alinhado à melhoria de serviços, à eficiência administrativa e ao atendimento de demandas reais. Inovar com propósito significa estruturar soluções que impactem diretamente a vida dos cidadãos, promovendo acesso facilitado a serviços e otimizando a gestão pública. A integração de sistemas, a análise de dados e o uso de tecnologias seguras tornam governos mais preparados para tomar decisões estratégicas. Quando utilizada de forma planejada, a tecnologia transforma a relação entre governos e cidadãos. Isso gera resultados como maior transparência, redução de desigualdades e melhoria no uso de recursos, com impactos positivos para toda a sociedade. Os desafios são grandes, mas as oportunidades estão ao alcance, quando há visão estratégica e comprometimento em transformar ideias em soluções que conectem governos e cidadãos, de maneira mais eficiente e acessível.

Matriz de Riscos Corporativos: como usar dados financeiros para conhecer sua operação e orientar as decisões do negócio

TRANSFORMAçãO ALéM DO DIGITAL

Matriz de Riscos Corporativos: como usar dados financeiros para conhecer sua operação e orientar as decisões do negócio

Mapear riscos, priorizar ações e alinhar estratégias com o uso inteligente de dados financeiros: esses são alguns dos pilares que uma Matriz de Riscos Corporativos pode oferecer às empresas que buscam decisões mais assertivas e uma gestão sustentável. Em 2024, o Grupo Softplan deu um passo estratégico ao implementar sua própria matriz, liderada pela área de auditoria interna. A ferramenta trouxe uma visão ampla e integrada dos fatores de risco, orientando decisões e reforçando o compromisso com a governança e a sustentabilidade do negócio. Ao transformar informações financeiras em insumos estratégicos, a matriz permite compreender como os diferentes riscos podem impactar a saúde e a continuidade do negócio. Assim, torna-se uma ferramenta indispensável para guiar ações focadas no fortalecimento da governança corporativa e no alcance dos objetivos organizacionais. Mas como, na prática, este recurso se torna parte do dia a dia organizacional? Para responder a essa pergunta, o Visão Softplan conversou com Tatiana Leite, Gerente de Auditoria Interna do Grupo Softplan, que compartilhou os detalhes da implementação, os desafios superados e as lições aprendidas ao consolidar a matriz como um alicerce estratégico. O papel da Matriz de Riscos Corporativos na gestão empresarial Uma Matriz de Riscos Corporativos é uma ferramenta estratégica que identifica, avalia e classifica os riscos que podem impactar os objetivos de uma empresa. Segundo Tatiana, a matriz permite "olhar para uma instituição e identificar os riscos relevantes que podem impedir a empresa de atingir seus objetivos estratégicos". A análise contempla fatores como riscos financeiros, operacionais e regulatórios, organizando-os em níveis de impacto e probabilidade. Isso é apresentado em uma matriz de riscos, com áreas em vermelho, laranja, amarelo e verde, indicando o nível de atenção que cada risco exige. Tatiana exemplifica a importância da matriz ao afirmar que, em uma empresa de tecnologia como o Grupo Softplan, um risco corporativo pode ser a percepção de modernização de seus produtos. "Embora tenhamos produtos modernos, o risco precisa ser monitorado constantemente. Se, em algum momento no futuro, os nossos produtos perderem a percepção de modernidade, isso poderia impactar diretamente nossa capacidade de atrair novos clientes", explica. A matriz, portanto, é essencial para priorizar os esforços da organização e tomar decisões mais informadas. Além de proporcionar clareza sobre as vulnerabilidades da organização, contribui para o alinhamento entre as estratégias e os recursos disponíveis. Como Tatiana comenta, "a matriz permite que a empresa enxergue suas limitações e saiba onde investir para reduzir vulnerabilidades". Assim, ela se transforma em um alicerce para a governança e a sustentabilidade corporativa. Alinhando decisões estratégicas e vulnerabilidades organizacionais Compreender os riscos de forma estruturada e utilizá-los para orientar decisões estratégicas é um desafio que muitas organizações enfrentam. A Matriz de Riscos Corporativos, além de identificar vulnerabilidades, contribui para alinhar estratégias, promover a integração interna e fortalecer a governança. No Grupo Softplan, a implementação da ferramenta demonstrou como a análise estruturada de riscos pode gerar impactos positivos em diferentes frentes da organização, como explica Tatiana através dos benefícios mapeados a seguir. Visão estratégica e consciente Priorizar desafios organizacionais e definir caminhos claros são passos importantes para alcançar resultados estratégicos. Tatiana afirma que a matriz permite “olhar para o espelho e saber o que precisa ser feito para alcançar objetivos”. Na prática, a ferramenta orienta investimentos e ações, alinhando decisões às metas previamente estabelecidas. Melhoria na alocação de recursos Ao classificar riscos por impacto e probabilidade, a matriz promove uma gestão mais eficiente dos recursos organizacionais. “A matriz auxilia, por exemplo, na avaliação se vale a pena investir em um sistema ou contratar um fornecedor considerando os riscos associados”, explica Tatiana.  Como resultado, o uso de recursos torna-se mais direcionado, reduzindo desperdícios e ampliando os benefícios nas áreas prioritárias. Integração de áreas e processos O processo de construção da matriz estimula a colaboração entre setores, ao envolver gestores e equipes em um esforço coletivo. Segundo Tatiana, no Grupo Softplan, “o trabalho envolveu o engajamento consistente de gestores e equipes, facilitando a construção da matriz e demonstrando a importância da colaboração em diferentes setores da empresa”.  A verdade é que essa interação favorece uma comunicação mais fluida e objetivos mais alinhados entre os departamentos. Prevenção e gestão proativa Identificar riscos antes que se transformem em problemas concretos é um dos benefícios mais estratégicos da matriz. Tatiana explica que, no Grupo Softplan, "a ferramenta trouxe à tona riscos que já eram conhecidos, mas que agora estão em uma dimensão gráfica e mensurável". Dessa forma, a organização consegue adotar medidas antecipadas, priorizando ações e garantindo maior segurança para a continuidade das operações. Suporte à tomada de decisão Decisões estratégicas se tornam mais consistentes quando fundamentadas em dados concretos. Como destaca Tatiana: 'O objetivo é permitir que a empresa decida com base em evidências e priorizações claras'. A matriz não apenas reduz incertezas, mas também direciona escolhas mais seguras e alinhadas ao planejamento estratégico de longo prazo. Criando uma Matriz de Riscos Corporativos eficiente Para implementar uma Matriz de Riscos Corporativos, é necessário estruturar etapas claras que combinem análise detalhada e colaboração entre áreas. No Grupo Softplan, o primeiro passo foi garantir o apoio da alta gestão. “O alinhamento com o CCARF (Comitê de Compliance, Auditoria, Riscos e Finanças), o Comitê Executivo (COMEX) e os gestores foi indispensável para assegurar o patrocínio ao projeto”, explica Tatiana. O suporte da liderança permitiu que o trabalho fosse priorizado por todas as áreas envolvidas. Definir uma metodologia ajustada à realidade da empresa foi outro passo essencial. Tatiana ressalta que “não é necessário contratar consultorias caras, mas ter referências adequadas que permitam construir algo adaptado à organização”. A metodologia, desenvolvida em parceria com uma consultoria especializada, trouxe flexibilidade e personalização às necessidades internas. A etapa seguinte envolveu mapear o organograma e identificar os stakeholders mais relevantes para o projeto. “Foi importante mapear o organograma e selecionar gestores e diretores estratégicos para as entrevistas”, destaca Tatiana. Reuniões individuais com lideranças e membros do conselho também contribuíram para identificar riscos em diferentes áreas. Os riscos corporativos foram organizados em pilares como compliance, estratégia e operação, além de avaliados quanto ao impacto e à probabilidade. “Os riscos foram avaliados para priorizar os mais relevantes e direcionar as ações necessárias”, explica Tatiana. Workshops com gestores e stakeholders foram realizados para validar a matriz e ajustar as percepções sobre os riscos. “Realizamos workshops para garantir que os riscos estivessem dimensionados corretamente”, afirma Tatiana. Além disso, revisões periódicas foram incorporadas para manter a matriz alinhada às mudanças internas e externas. Engajar equipes, priorizar agendas e consolidar informações: os desafios da aplicação da Matriz A aplicação de uma Matriz de Riscos Corporativos enfrenta desafios relacionados ao engajamento das pessoas, à priorização de agendas e à consolidação das informações.  Tatiana explica que um dos maiores desafios é conquistar a atenção e o comprometimento das equipes. "Nem sempre é fácil garantir que todos os envolvidos tenham tempo para participar de reuniões ou produzir materiais de apoio", destaca. Outro desafio apontado é a dificuldade em transformar informações subjetivas em dados concretos e organizados. Durante o projeto no Grupo Softplan, diversos temas foram estudados e precisaram ser agrupados em riscos conforme as diversas frentes de trabalho. "Essa etapa exigiu uma análise criteriosa e esforço coletivo para estruturar os dados de forma lógica e compreensível", explica Tatiana. A variação de percepções entre as áreas também foi um desafio no processo, já que riscos considerados graves para alguns setores não tinham o mesmo peso para outros. A manutenção do projeto a longo prazo é outro ponto desafiador. Tatiana ressalta que, em experiências anteriores, a falta de continuidade fez com que matrizes perdessem relevância com o tempo. "Muitas vezes, as empresas iniciam o trabalho com entusiasmo, mas deixam de atualizá-lo à medida que o dia a dia consome as prioridades", afirma. Por isso, a criação de processos de revisão periódica e a integração da matriz à rotina dos gestores são fundamentais para evitar o esquecimento. Além do apoio de órgãos de governança corporativa, no nosso caso o CCARF, como um guardião do tema de riscos junto ao nosso Conselho de Administração. Vale destacar que é necessário promover uma comunicação clara e transparente sobre os riscos sem gerar alarmismo. Tatiana explica que o Grupo Softplan optou por reuniões explicativas em vez de relatórios isolados. "Nosso objetivo foi apresentar os riscos de forma didática, evitando interpretações equivocadas ou preocupações desnecessárias", conclui. Esses desafios reforçam a importância de uma abordagem planejada e colaborativa para aplicar a matriz com sucesso. Implementação na prática: a experiência do Grupo Softplan A experiência do Grupo Softplan na criação da Matriz de Riscos Corporativos trouxe aprendizados importantes sobre o processo de implementação dessa ferramenta. Tatiana destaca que um dos pontos mais relevantes foi o engajamento das lideranças, que ajudou a garantir o sucesso do trabalho. "Alinhar a matriz com os objetivos estratégicos da alta gestão foi determinante para obter suporte e direcionar os esforços corretamente", afirma. Outro ponto destacado foi a importância de envolver diferentes áreas da empresa para mapear os riscos de forma abrangente. Segundo Tatiana, "o trabalho incluiu mais de 30 reuniões com gestores e equipes, além dos workshops para validar os resultados". A colaboração garantiu que os riscos fossem identificados com precisão e organizados de maneira clara e prática. A necessidade de adaptar metodologias às particularidades do negócio foi mais um aprendizado. Tatiana explica que o Grupo Softplan contou com um suporte especializado. "A consultoria ajudou a construir um modelo que atendesse às necessidades da empresa, sem depender de soluções genéricas ou excessivamente complexas", comenta. A flexibilidade no uso de ferramentas, como planilhas, também se mostrou eficiente durante o processo. Além disso, é importante lembrar que a manutenção da matriz depende de um planejamento contínuo e revisões periódicas. "Nosso plano é revisar os riscos a cada seis meses, garantindo que a matriz reflita a realidade da empresa e apoie as decisões estratégicas", explica. Ao adotar essa periodicidade é possível acompanhar mudanças no mercado e ajustar o foco em áreas prioritárias. A experiência do Grupo Softplan com a implementação da Matriz de Riscos Corporativos reforça um aprendizado fundamental: conhecer os riscos do negócio é essencial para decisões mais seguras e sustentáveis. Ao estruturar essa ferramenta de forma alinhada à realidade da empresa, foi possível transformar informações em inteligência estratégica, fortalecendo a governança e antecipando desafios. Mais do que um modelo teórico, a matriz se tornou parte do dia a dia do Grupo, permitindo que riscos sejam gerenciados de forma proativa e orientando investimentos com maior assertividade. Esse olhar estruturado sobre riscos e oportunidades não apenas fortalece o Grupo Softplan, mas também serve como inspiração para empresas que buscam elevar sua maturidade em gestão. O caminho para uma governança robusta passa pela capacidade de transformar desafios em estratégias, e incertezas em ações concretas. E essa é a diferença entre reagir ao mercado e se antecipar a ele.

Seja softplayer

Faça parte de um Grupo que promove transformações fundamentais na vida das pessoas. Conheça nossas carreiras e seja protagonista da sua jornada.

Imagem seja softplayer