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Esse é o nosso blog para apaixonados por tecnologia! Aqui, softplayers e outros especialistas compartilham conhecimentos fundamentais para o desenvolvimento dessa comunidade.

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Proud Tech 2021: Principais insights da Trilha Tech para desenvolvedor de software!
Tech Writers Novembro 29, 2021

Proud Tech 2021: Principais insights da Trilha Tech para desenvolvedor de software!

Quem é desenvolvedor de software sabe que se manter atualizado e entender tudo que o mercado apresenta é um grande desafio.  Nesse sentido, o Proud Tech, evento para quem ama tecnologia e quer estar sempre por dentro desse universo é uma ótima pedida! A edição de 2021 reuniu softplayers e convidados de softplayers para compartilharem conhecimento com outros apaixonados pelo tema.  Dentre as diversas trilhas, estava a Trilha Tech, na qual muitos desses profissionais de referência falaram sobre curiosidades e código legado, inteligência artificial e a importância do não funcional. Por isso, neste conteúdo abordaremos os principais insights, para você saber o que rolou por lá. Veja só: A importância do não funcional para desenvolvedor de software Para entender as abordagens, vale resgatar o que é não funcional para um desenvolvedor de software. Entender esse conceito é importante para saber como superar desafios. Na palestra sobre o tema, Lucélia Siqueira ressalta o que ocorre quando o não funcional é negligenciado. Para permitir esse entendimento, ela chama atenção para a importância de tentar mudar esse cenário.  Retomando explicações sobre o que seria a definição de não funcional, a palestrante também relembra que esse termo diz respeito a atributos de sistema com características como: segurança; confiabilidade; escalabilidade. Em outras palavras, pode ser entendido como o critério para avaliar a operabilidade de um sistema. Para ela, no entanto, ele é tudo o que lastreia as demandas funcionais, garantindo a qualidade do software em desenvolvimento. Assim o profissional consegue aplicar melhorias em seu projeto. Esse requisito é capaz de descrever como o sistema executa alguma tarefa, enquanto o funcional diz o que é que ele executa.  Portanto, é possível não somente conhecer o que o software faz, mas qual o seu desempenho. Validar um bom software sabendo previamente a performance é muito mais seguro e certeiro. Lidando com o código legado  Na linguagem de um desenvolvedor de software, código legado se refere àquele que é geralmente desenvolvido em um primeiro momento sem pensar nos custos que poderão existir depois para manutenção. Isso é um problema, pois sem planejamento adequado ou testes, que são boas práticas, não é possível saber se o software será sustentável a longo prazo. Também não dá para dizer e saber se haverá boa aceitabilidade.  Algumas técnicas de eliminação de dependências são abordadas no livro “Trabalho eficaz com código legado” e são muito importantes para serem conhecidas por um desenvolvedor de software.  Nesta palestra, Jefferson Henrique menciona que essa leitura é uma das mais desejadas para quem trabalha no ramo. Quem não leu deve tê-la em uma lista para fazer isso, por certo. O profissional aborda que esse conceito não é visto somente em empresas antigas, mas também nas novas. Na palestra, é ressaltada uma fala de Michael Feathers, que afirma que código legado é todo aquele que não tem cobertura em testes automatizados. Logo, independente do framework, código legado é todo aquele que não te oferece um feedback. Sem esse retorno, o desenvolvedor sempre trabalha em um “ponto cego”. Sem saber melhor o desempenho da solução, sua manutenção fica ainda mais complicada depois. A  importância da Inteligência Artificial na Justiça brasileira  Outro ponto interessante para um desenvolvedor de software é compreender como a inteligência artificial tem um emprego muito útil na sociedade. Um case bem interessante é discutido na palestra de Mauricio Seiji.  Desse modo, são abordadas funcionalidades da solução de inteligência artificial da Softplan para combate à violência doméstica, que veio para preencher lacunas na organização dos dados. Seiji explica que os Ministérios Públicos têm um papel não só de combate, como também de prevenção desse tipo de problema. Para ajudar a Justiça brasileira, ele participou do desenvolvimento de uma solução que utiliza aprendizagem de máquina para ajudar a identificar quando isso acontece, como veremos adiante. Aplicando a aprendizagem de máquina Utilizando uma técnica específica de aprendizagem de máquina, chamada classificação de textos, foi possível criar um sistema que auxiliasse a classificar corretamente os dados de que esses órgãos dispunham para entender melhor o que se passava e separar corretamente cada informação.  Assim, casos antes classificados, por exemplo, como crime comum, puderam ser analisados do ponto de vista da violência doméstica, para identificá-la. Todo esse conjunto de dados bem interpretado, por região, inclusive, ajuda a Justiça a tomar providências. Desse modo, por meio de gráficos, é possível mostrar esses dados e ajudar na tomada de decisões. A inteligência artificial, nesses casos, tem uma acurácia de cerca de 93% (grande índice de acertos).  Com base em dados, o Ministério Público consegue tomar atitudes mais acertadas com relação a decisões que envolvam seu orçamento, ações de prevenção à violência, conscientização e combate. Viu como todos esses insights são importantes para um desenvolvedor de software? Então aproveite e fique por dentro de tudo o que rolou no Proud Tech através de nossas redes sociais!

Programadores iniciantes: confiram os principais insights do Proud Tech 2021
Tech Writers Novembro 22, 2021

Programadores iniciantes: confiram os principais insights do Proud Tech 2021

Faz parte do clube de programadores iniciantes e quer aprender mais sobre desenvolvimento de software? Então fique atento a este conteúdo, em que falaremos do que rolou na Trilha Softdraft do Proud Tech 2021. Esse é um evento promovido por nós, da Softplan, para outros apaixonados por tecnologia. Dividido em trilhas que aconteceram paralelamente, trouxemos para o Proud Tech diversos palestrantes experientes no mercado.  A Trilha Softdraft era focada em assuntos introdutórios e abordou aspectos como evolução do Java e qualidade do software. Por isso, é de grande importância para quem está começando a desbravar esse universo.  Parte dos conhecimentos compartilhados vieram de: Felipe da Silva Corrêa, desenvolvedor desde 2008; Julio de Lima, que trabalha dentro de uma empresa de consultoria financeira; Christian Fritsch, que atua com front-end há 10 anos; Andre Baltieri, que desde 2003 trabalha com desenvolvimento e aplicações web.  Confira um pouco sobre o que foi tratado e leia o conteúdo na íntegra, para saber como foram as palestras que você não pôde assistir ou para relembrar os pontos mais importantes, caso tenha visto. Coisas que ninguém conta para programadores iniciantes sobre trabalhar com Java Felipe da Silva Corrêa traz uma visão muito interessante para programadores iniciantes, que sempre se perguntam por onde começar.  Abordando a evolução do Java ao longo dos anos e as principais dicas para atuar no mercado, ele traz também uma visão do que geralmente as pessoas não dizem sobre os desafios de atuar nesse segmento, mas que, ao saber, ajudam o profissional a vencê-los. Felipe inicia a palestra resgatando que o Java é um projeto que começou no início dos anos 90. Naquela época, não tinha esse nome e era praticamente um projeto universitário, mas foi evoluindo ao longo dos anos. Sua primeira versão comercial veio em 1995 e até hoje, 27 anos depois, ele continua no mercado, embora tenha passado por transformações. Transformações do Java Entre os fatos marcantes do que tornaram o Java tão conhecido, está o boom da internet no início dos anos 2000. Assim, vieram plataformas e soluções que conseguiam trabalhar atendendo as necessidades de web com Java, de forma primitiva, gerando código HTML estático, renderizado em browser. Em 2007, a mantenedora disponibilizou o código (open source). Abrindo à comunidade, todos puderam alimentar o Java e fomentá-lo. Em 2008, a empresa foi comprada pela Oracle. A partir disso, o Java dividiu-se em duas possibilidades: open source e o enterprise (licenciado). Depois disso, passamos pela década de desenvolvimento de frameworks, até chegarmos ao que temos hoje, inclusive com serviço de streaming, como a Netflix, utilizando o recurso. Dicas para atuar Felipe fala do que se pode esperar do mercado e dá 5 dicas de como se preparar: descubra como conversar na língua de quem você está falando, mesmo que ela seja diferente da sua; aprenda além da sua especialidade, tendo ao menos noções das outras, entenda antes de tirar conclusões (não somente olhe para um código e o considere ruim, entenda como ele funciona); se mantenha atualizado, o Java sempre tem novidades; aprenda Linux. Carreira em testes e qualidade de software: Um guia prático!  Para programadores iniciantes, é muito importante entender a carreira e como se guiar na qualidade. Julio de Lima, em sua palestra, fala do motivo de testarmos a qualidade de software, que está relacionado ao objetivo de evitar que problemas nas aplicações cheguem até as mãos de clientes. Ele explica que no contexto tradicional, haveria testadores, mas que no desenvolvimento ágil esse papel é feito pelo próprio time de software.  Saber como conduzir esses testes passa, então, inclusive pela etapa de pensar nessa cultura antes de ele ser desenvolvido. Afinal, por qual framework começar? Dicas para programadores iniciantes em relação a por qual framework começar podem ser vistas na palestra de Christian. Aprender um framework, como é visto nela, é importante porque possibilita um guia de estilo para seguir. Isso ajuda, inclusive, em situações nas quais não é o mesmo profissional que começa um processo que irá terminar de desenvolvê-lo. Entre as dicas de framework do palestrante estão: escolher um framework que seus amigos já usam; usar um framework que as empresas de interesse já utilizam; utilizar o que possui a documentação mais agradável. Clean Code: como manter seu código limpo? Programadores iniciantes também podem ter muita curiosidade para compreender como trabalhar com clean code. Baltieri apresentou, em sua palestra, regras gerais como: seguir as convenções (se o projeto já tiver um padrão); seguir a lógica de KISS (tudo o mais simples possível); praticar a regra do escoteiro (se pegar um código para manutenção, devolvê-lo melhor do que ele estava, aplicando, por exemplo, o clean code em um trecho);  trabalhar na causa raiz do problema, não ficar apenas o remediando. Para finalizar, o conceito de Code Smells é trazido. Ele é utilizado para designar quando algo no código não é coerente. Baltieri ressalta as seguintes características: rigidez; fragilidade; imobilidade; complexidade desnecessária; repetição desnecessária; opacidade. Trabalhar para minimizar esses efeitos é imprescindível para atingir uma solução que seja eficaz e mais fácil de usar. Conseguiu entender a relevância de compreender esses aspectos para programadores iniciantes? Fique por dentro de tudo o que rolou no Proud Tech através de nossas redes sociais! 

Principais novidades introduzidas no JAVA 1.8 
Tech Writers Novembro 13, 2021

Principais novidades introduzidas no JAVA 1.8 

Como muitos sabem, a nova versão JAVA 1.8 foi lançada em Outubro de 2021, com melhorias, novas funcionalidades e correções de bugs recorrentes da antiga versão. A seguir, veja as novidades e exemplos práticos e objetivos. Boa leitura! Principais novidades introduzidas nos recursos do JAVA 1.8 A seguir, exemplificaremos as principais novidades nos recursos do JAVA 1.8. São elas: Default Methods em interfaces; Lambda e Functional interfaces; Method References; Stream; Nova API de Datas; Default Methods em interfaces Abaixo, criaremos uma List do tipo String contendo títulos de alguns jogos marcantes que serão utilizados nos exemplos do conteúdo. List<String> jogos = new ArrayList<>();jogos.add(“Top Gear”);jogos.add(“The Legend of Zelda: Ocarina of Time”);jogos.add(“Shadow of the Colossus”); Antigamente, o comum para fazer uma ordenação de objetos em uma Listlist era utilizar a classe Ccollections e o método estáticgo sort. System.out.println(jogos);//  [Top Gear, The Legend of Zelda: Ocarina of Time, Shadow of the Colossus]Collections.sort(jogos);System.out.println(jogos);//  [Shadow of the Colossus, The Legend of Zelda: Ocarina of Time, Top Gear] É importante lembrar que o código acima compilou sem a necessidade de nenhuma alteração. Isso ocorre porque a classe String implementa uma interface chamada Comparable, que obriga a declaração do método compareTo. Dentro dessa técnica, a configuração é feita na ordem lexicográfica. E se quisermos ordenar as palavras em uma ordem diferente?  Se quisermos fazer a ordenação por tamanho das palavras, por exemplo, precisamos criar um comparador para informar ao método sort. É necessário criar uma classe. O nome dela não tem muita importância, mas é obrigatório que ela tenha implementado a interface Comparator e uma declaração para o método compare. class ComparadorDeStringPorTamanho implements Comparator<String> {    public int compare(String s1, String s2) {        if(s1.length() < s2.length())            return –1;        if(s1.length() > s2.length())            return 1;        return 0;    }} Agora, precisamos passar para o método sort esse comparador, pois ele possui uma reescrita que recebe uma List e um Comparator. Comparator<String> comparador = new ComparadorDeStringPorTamanho();System.out.println(jogos);//  [Top Gear, The Legend of Zelda: Ocarina of Time, Shadow of the Colossus]Collections.sort(jogos, comparador);System.out.println(jogos);//  [Top Gear, Shadow of the Colossus, The Legend of Zelda: Ocarina of Time] Com o novo recurso de Default Methods, agora podemos criar métodos com corpo dentro de uma interface. A partir disso, a interface List passa a ter uma implementação do método sort. //  Método sort dentro da interface Listdefault void sort(Comparator<? super E> c) {    Object[] a = this.toArray();    Arrays.sort(a, (Comparator) c);    ListIterator<E> i = this.listIterator();    for (Object e : a) {        i.next();        i.set((E) e);} Perceba que, para implementar o sort pela List, obrigatoriamente devemos informar um Comparator. Comparator<String> comparador = new ComparadorDeStringPorTamanho();jogos.sort(comparador);System.out.println(jogos);//  [Top Gear, Shadow of the Colossus, The Legend of Zelda: Ocarina of Time] Lambda e Functional interfaces Nesse tópico, vamos continuar no mesmo contexto do último exemplo. public class App {    public static void main(String[] args) throws Exception {        Comparator<String> comparador = new ComparadorDeStringPorTamanho();        List<String> jogos = new ArrayList<>();        jogos.add(“Top Gear”);        jogos.add(“The Legend of Zelda: Ocarina of Time”);        jogos.add(“Shadow of the Colossus”);        jogos.sort(comparador);        System.out.println(jogos);        //  [Top Gear, Shadow of the Colossus, The Legend of Zelda: Ocarina of Time]    }}class ComparadorDeStringPorTamanho implements Comparator<String> {    public int compare(String s1, String s2) {        if(s1.length() < s2.length())            return –1;        if(s1.length() > s2.length())            return 1;        return 0;    }} É possível deixar o código lambda um pouco melhor? public class App {    public static void main(String[] args) throws Exception {        List<String> jogos = new ArrayList<>();        jogos.add(“Top Gear”);        jogos.add(“The Legend of Zelda: Ocarina of Time”);        jogos.add(“Shadow of the Colossus”);        jogos.sort(new Comparator<String>(){            @Override            public int compare(String s1, String s2) {                if(s1.length() < s2.length())                    return –1;                if(s1.length() > s2.length())                    return 1;                return 0;            }        });        System.out.println(jogos);        //  [Top Gear, Shadow of the Colossus, The Legend of Zelda: Ocarina of Time]    }} Pelo fato da abordagem da classe ser simples, podemos fazer com que o compilador do java crie uma Anonymous Classes. Mas ainda podemos melhorar mais um pouco. Perceba que o método compare possui algumas condicionais testando os tamanhos dos títulos. Essencialmente, estamos testando números com números e no Integer temos um método compare que faz exatamente isso. jogos.sort(new Comparator<String>(){    @Override    public int compare(String s1, String s2) {        return Integer.compare(s1.length(), s2.length());    }} Atenção, o tipo Double também implementa esse método. Mesmo nosso último código ficando um pouco mais compacto, ainda está um pouco verboso.  Nesse contexto, foi adicionado um recurso chamado lambda, mas o seu funcionamento só é possível através de uma Functional interfaces. Essas interfaces possuem 1 único método abstrato, mas, além desse método, elas podem ter outros métodos, desde que sejam default ou static. Essa estrutura é fundamental, pois assim o compilador sabe exatamente que o corpo da expressão lambda que escrevemos é a implementação de seu único método abstrato. Então, como o Comparator é uma Functional interfaces, podemos utilizar um lambda. jogos.sort((String s1, String s2) -> {    return Integer.compare(s1.length(), s2.length());}); O compilador do java nos permite deixar o código um pouco mais curto. jogos.sort((jogo1,  jogo2) -> Integer.compare(jogo1.length(), jogo2.length())); Method References Nesse tópico, continuaremos no mesmo contexto do último exemplo. public class App {    public static void main(String[] args) throws Exception {        List<String> jogos = new ArrayList<>();        jogos.add(“Top Gear”);        jogos.add(“The Legend of Zelda: Ocarina of Time”);        jogos.add(“Shadow of the Colossus”);        jogos.sort((jogo1,  jogo2) -> Integer.compare(jogo1.length(), jogo2.length()));        System.out.println(jogos);        //  [Top Gear, Shadow of the Colossus, The Legend of Zelda: Ocarina of Time]    }} A interface Comparator possui um novo método (comparing), que deve receber uma interface Function, que por sua vez é uma Functional interfaces. jogos.sort(Comparator.comparing(jogo -> jogo.length())); É como se tivéssemos escrito assim. //Estamos falando abaixo: Dado uma String, vamos devolver um Integer que será o return do lambda jogo -> jogo.length()Function<String, Integer> function = jogo -> jogo.length();jogos.sort(Comparator.comparing(function); Nesse caso, como temos uma invocação simples do método length do String, é possível utilizarmos Method References. jogos.sort(Comparator.comparing(String::length)); Um destaque, a utilização do Method References precisa de atenção., Eessa prática só funciona para invocações simples. No próximo tópico, veremos um exemplo em que ele não pode ser utilizado. Stream Nesse tópico, vamos continuar no mesmo contexto do último exemplo. Mas, agora, precisamos de uma classe Jogo. public class Jogo {    private String titulo;    private int lancamento;    public Jogo(String titulo, int lancamento) {        this.titulo = titulo;        this.lancamento = lancamento;    }    public String getTitulo() {        return titulo;    }    public void setTitulo(String titulo) {        this.titulo = titulo;    }    public int getLancamento() {        return lancamento;    }    public void setLancamento(int lancamento) {        this.lancamento = lancamento;    }   } public class App {    public static void main(String[] args) throws Exception {        List<Jogo> listaDeJogos = new ArrayList<>();        listaDeJogos.add(new Jogo(“Top Gear”, 1992));        listaDeJogos.add(new Jogo(“The Legend of Zelda: Ocarina of Time”, 1998));        listaDeJogos.add(new Jogo(“Shadow of the Colossus”, 2005));    }} Stream é uma nova interface que possibilita a utilização de diversos métodos bem interessantes. Vamos filtrar nossa lista para que apenas os jogos com lançamentos inferiores aos anos 2000 sejam exibidos no terminal. Uma maneira simples de fazer isso, antigamente, seria criandor um foreach com uma condicional testando cada valor. for (Jogo jogo : listaDeJogos) {    if (jogo.getLancamento() < 2000) {        System.out.println(jogo.getTitulo());    }} Mas existe uma maneira melhor: Invocar o filter do Stream. listaDeJogos.stream()    .filter(jogo -> jogo.getLancamento() < 2000); Nesse caso, não conseguimos utilizar o Method References, pois não estamos usando uma simples invocação do filter. Esse trecho de código não soluciona nosso problema, ele está testando item por item com a nossa condicional, mas uma modificação em um stream não modifica a coleção/objeto que o gerou. Para funcionar, podemos utilizar o forEach, que o próprio Stream implementa. listaDeJogos.stream()    .filter(jogo -> jogo.getLancamento() < 2000)    .forEach(jogo -> System.out.println(jogo.getTitulo()));    //  Top Gear    //  The Legend of Zelda: Ocarina of Time Como não temos o método toString na classe Jogo, não podemos utilizar o Method References, pois precisamos informar qual parâmetro o System.out deve imprimir no terminal. Nova API de Datas Agora temos várias classes com diversos métodos que facilitam (e muito) o trabalho relacionado com datas no java. A seguir, veja alguns exemplos de LocalDate: LocalDate date = LocalDate.now();System.out.println(date);//  2021-08-17date = LocalDate.of(2021, Month.DECEMBER, 15);System.out.println(date);//  2021-12-15 Já para usar o  DateTimeFormatter na formatação de um LocalDate, você pode fazer da seguinte forma: DateTimeFormatter formatador = DateTimeFormatter.ofPattern(“dd/MM/yyyy”);String novaData = date.format(formatador);System.out.println(novaData);//  15/12/2021 Exemplo de como extrair o dia nominal da semana utilizando DayOfWeek DayOfWeek semana = DayOfWeek.from(date);System.out.println(semana);//  WEDNESDAY Exemplos de LocalDateTime: LocalDateTime time = LocalDateTime.now();System.out.println(time);//  2021-08-17T11:29:56.861110time = LocalDateTime.of(2021, Month.DECEMBER, 15, 21, 30, 0);System.out.println(time);//  2021-12-15T21:30 Exemplo de como formatar um LocalDateTime utilizando DateTimeFormatter: DateTimeFormatter formatadorTime = DateTimeFormatter.ofPattern(“dd/MM/yyyy hh:mm:ss”);String novaTime = time.format(formatadorTime);System.out.println(novaTime);//  15/12/2021 09:30:00 Exemplo de como comparar LocalDate utilizando Period: LocalDate date1 = LocalDate.of(2021, Month.DECEMBER, 15);LocalDate date2 = LocalDate.of(2051, Month.JANUARY, 22);Period periodo = Period.between(date1, date2);System.out.println(periodo);//  P29Y1M7DSystem.out.printf(    “Falta %d anos, %d mês e %d dias.”,    periodo.getYears(),    periodo.getMonths(),    periodo.getDays());//  Falta 29 anos, 1 mês e 7 dias. Conclusão sobre o JAVA 1.8 O que foi exemplificado nos tópicos é apenas uma visão muito superficial de todo o poder dessas novas mudanças. Existem muitos outros métodos que trazem soluções boas para diversos problemas que, eventualmente, surgem no desenvolvimento de nossas aplicações.  O conselho que fica é: sempre tenha em mente que, se estamos quebrando a cabeça para escrever algum método, é provável que já exista um método pronto para fazer isso por nós.  Vale sempre verificar as documentações e as soluções existentes. Saiba mais em nosso Blog! Materiais interessante: Mergulhe em tecnologia — ALURA Documentação JAVA

A evolução da sociedade e da tecnologia
Tech Writers Novembro 04, 2021

A evolução da sociedade e da tecnologia

https://open.spotify.com/episode/3kXrDANPbBkNim7RRIKQZv?go=1&sp_cid=65617f9945b6dafa4bd6df3d4f755a20&utm_source=embed_player_p&utm_medium=desktop A evolução da sociedade e da tecnologia No nosso segundo episódio da Together in Tech, conversamos a respeito do desenvolvimento da sociedade junto da tecnologia, desde os primórdios até os dias atuais. Para isso, convidamos a antropóloga Andressa Soilo para dialogar e trocar ideias com o host Guilherme Brasil. O bate-papo foi muito interessante e abordaremos alguns tópicos discutidos aqui nesse artigo.  Os últimos 10 anos da sociedade Ao analisar a linha de tempo da humanidade podemos perceber que muitas coisas mudaram ao longo dos últimos 10 anos. Naquela época, não havia aplicativos para se locomover, para pedir comida ou para requisitar serviços em geral. Hoje em dia, qualquer item que alguém possa necessitar é possível ser encontrado na internet.  Durante o bate-papo, Andressa aponta a questão de que a tecnologia surgiu antes do digital. Quando pensamos nela, muitas vezes ligamos a concepção de que é apenas um ”mundo” de smartphones, impressoras 3D, robótica, inteligência artificial, drones e naves espaciais. No entanto, isso são itens sofisticados que estão ganhando espaço no mercado no momento. Como vivemos em um contexto marcado pelo digital, tendemos a acreditar que a tecnologia está ligada unicamente a isso. O digital certamente impacta a vida das pessoas, visto que é algo que está muito presente no cotidiano. O instagram é um exemplo de rede social que representa o efeito que a tecnologia insere hoje em dia. Muitas pessoas vêm se sentindo cada vez mais inseguras por conta das pressões estéticas da sociedade no meio digital. Além disso, as fake news também são outro exemplo de como o digital se enquadra em nossas vidas. Essas mentiras que se propagam rapidamente geram desinformação e até mesmo causaram diversas mortes durante a pandemia do COVID-19. Ou seja, pode-se perceber de forma clara que atualmente a tecnologia tem quase o mesmo conceito de digital e que nos impacta profundamente.  Questão geracional Estamos vivendo em um período onde as mudanças tecnológicas estão se transformando em uma velocidade rápida. Por isso, certas gerações acabam se perdendo ao acompanhar as alterações tecnológicas. O exemplo citado para demonstrar essa situação é o aparecimento do Tik Tok. Uma nova rede social que ganhou um grande espaço e de forma acelerada nesse mundo. Pessoas de uma geração mais velha, como é o caso da Andressa, nem sequer chegam a baixar e saber utilizar essa rede.  Atualmente, as crianças já crescem sabendo utilizar smartphones e outros aparelhos. Às vezes, até mesmo, aprendem de maneira autodidata. Algo totalmente distinto de gerações passadas, que muitas vezes possuem dificuldade em usar certas tecnologias.   ”No momento, a gente vive uma pluralidade de entendimentos do modo de como nós incorporamos a tecnologia na atualidade.” – Andressa expõe sua opinião. Os impactos da tecnologia  Na conversa, Andressa diz que não há um consenso se a tecnologia digital de hoje em dia é positiva ou negativa. A tecnologia por si só não faz mal a ninguém, mas sim como os indivíduos a utilizam. Isso porque, ela é ambivalente. Ou seja, ela pode trazer tanto impactos bons como ruins para a sociedade.  Caso as pessoas desejam utilizar a tecnologia para algo positivo, ela possui um grande potencial de gerar benefícios em suas vidas. Entretanto, também há diversos aspectos negativos que afetam principalmente o emocional dos indivíduos. Ao manusear a tecnologia de forma prejudicial, problemas psicológicos como ansiedade, depressão e crises de pânico podem começar a surgir na vida dessas pessoas. Esses tipos de transtornos mentais são mais comuns na sociedade do século XXI e são causados pelo mau uso do digital. Dessa forma, é preciso estar atento ao modo como você utiliza a tecnologia diariamente. Ela está te trazendo benefícios? Gostou dessas reflexões? Ouça o bate-papo completo. Nele falamos de outras questões relacionadas com a sociedade e a tecnologia.

Padrão de Projeto Strategy: O que é, quando devo usar, como aplicar e exemplos!
Tech Writers Novembro 02, 2021

Padrão de Projeto Strategy: O que é, quando devo usar, como aplicar e exemplos!

Entre os diferentes padrões de projeto, o Strategy permite criar uma família de algoritmos, encapsular cada um deles e torná-los intercambiáveis, permitindo que o algoritmo varie independentemente dos clientes que o utilizam e facilitando a manutenibilidade do seu código. Se você está iniciando no mundo de padrões de projeto e qualidade de código, mas ainda não sabe bem como usar o Strategy, não se preocupe. Vamos te mostrar hoje o que é o Strategy, quando usar e como aplicar, com exemplos. Você vai perceber que este padrão é mais simples do que pensa e que ele pode te ajudar bastante no seu dia a dia. Confira! O que é o Padrão Strategy? O Strategy é um padrão de projeto comportamental que define uma família de algoritmos, garantindo que o algoritmo varie independentemente dos clientes que fazem uso dele. Com ele, você pode transformar um conjunto de comportamentos em objetos e então torná-los intercambiáveis. Hoje, iremos abordar somente o Strategy. Mas, além dele, existem outros padrões de projeto em Java, como por exemplo, o Composite e o Decorator, que são abordados no livro Padrões de Projeto da GoF, a Gang of Four - ou em português, Gangue dos Quatro, caso você tenha interesse em explorar mais o assunto. Ainda de acordo com a Gangue dos Quatro, no livro Design Patterns: Elements of Reusable Object-Oriented Software, temos a seguinte definição: “Um padrão de projeto nomeia, abstrai e identifica os aspectos-chave de uma estrutura de projeto comum para torná-la útil para a criação de um projeto orientado a objetos reutilizável […]”. Como funciona o Padrão de Projeto Strategy? Vamos entender como funciona o Strategy Design Pattern: imagine que temos um e-commerce e no carrinho de compras da loja podemos aplicar algumas promoções dependendo de vários fatores. Por exemplo, é possível aplicar uma promoção de acordo com o valor mínimo de compra, a quantidade de produto, frete grátis, entre outros. Neste cenário, podemos ter muitas variações de algoritmos dentro do carrinho de compras. Porém, ao fazer tudo isso dentro da classe de carrinho sem separar o algoritmo, provavelmente haveria várias condicionais IFS para checar em quais casos aplicar cada promoção, gerando diversas alterações da classe do carrinho. É aí que o Strategy entra, pois ele soluciona esse problema separando o algoritmo. Dessa forma, dentro do carrinho de compras, teremos um campo para linkar uma estratégia de desconto que será uma família inteira de estratégias. Ou seja, podemos separar o algoritmo da regra de negócio.   Quando devo usar o padrão Strategy? O padrão Strategy é muito comum no código Java e pode ser usado em situações em que o seu código terá muitas variações de algoritmo e condições, gerando uma corrente de IFs. Vale reforçar que não são todas as cadeias de IFs que precisam ser substituídas por um Strategy, apenas se as alterações forem frequentes a longo prazo. Este padrão ajuda a facilitar a manutenibilidade do código e tornar a potencial expansão do seu código mais simples e objetiva. Isso é possível através da descentralização da responsabilidade da manipulação de um objeto abstraído por uma interface e suas diferentes “estratégias” de implementação. Como aplicar o Strategy na prática? Agora que você já entendeu melhor o conceito do padrão Strategy e quando utilizá-lo, vamos sair um pouco da parte teórica e partir para a prática. Vamos visualizar um problema e refletir sobre ele para, então, testar a implementação do design pattern em questão. Exemplo de aplicação Strategy Java: O Problema Para entender melhor como aplicar o Strategy, imagine que existe um objeto Funcionario com suas propriedades e uma classe CalculadoraSalarial que realiza o reajuste salarial deste funcionário de acordo com sua performance durante o ano. Com um ENUM que existe dentro das propriedades do objeto Funcionario, mede-se a performance do colaborador. Veja no exemplo a seguir: Agora, imagine as seguintes regras de negócio: Se o funcionário tiver uma performance NEGATIVA no momento do cálculo, ele não deve receber reajuste salarial. Se o funcionário tiver uma performance POSITIVA no momento do cálculo, seu salário deve receber um reajuste com aumento salarial de 5%. Devido a lógica por trás do negócio, o ideal é não retornar um valor de reajuste “X” por padrão. Dessa forma, podemos criar uma exceção caso no futuro exista algum novo tipo de performance que esquecemos de implementar na nossa calculadora. Implementando o método reajustaSalario (no exemplo, utilizando Java), podemos chegar a um resultado parecido com o seguinte: O código acima está funcional. Porém, uma semana após a implementação, vamos supor que o time solicitou a criação de um novo tipo de performance: EXCELENTE. Nesta nova condição, o colaborador que conquistar a performance “excelente” recebe 10% de reajuste salarial. Sendo simples e direto, o ENUM seria implementado com mais um tipo, o “EXCELENTE”. Por último, a implementação do método reajustaSalario ficaria semelhante ao exemplo abaixo: É em cenários parecidos com este que o padrão Strategy é aplicado: onde o código pode facilmente se expandir criando uma corrente de IFs. No exemplo acima, estamos “pegando leve” ─ no mundo real, encontra-se IFs encadeados em uma frequência muito mais comum, muitas vezes em situações piores do que o nosso. Tudo isso prejudica a legibilidade do código e não é uma boa prática. E como podemos implementar o Strategy nesse caso? Existem diversas formas de se resolver um problema com Strategy, a maioria delas envolve a implementação de uma interface ou de uma abstração. No nosso exemplo, as coisas são bem mais simples graças ao nosso ENUM. Provavelmente, até agora, a nossa implementação de Performance foi a seguinte: A partir de então, ao implementarmos um método abstrato dentro do nosso ENUM, todos os diferentes tipos dentro dele exigirão uma implementação, causando erro em tempo de compilação caso essa exigência não seja atendida, obrigando o desenvolvedor a implementar o método. E, assim, podemos alterar a forma que a nossa calculadora retorna o reajuste salarial do funcionário. Isso facilita imensamente a leitura do código e sua manutenção, tornando ele mais simples. Este processo deverá seguir os princípios SOLID (cinco princípios da Programação Orientada a Objetos). Aproveite para ler nosso artigo sobre um dos princípios mais importantes do SOLID: Single Responsability Principle. Depois de aplicar o Strategy, basicamente, contanto que a regra de negócio fundamental não mude, não precisamos mais sequer tocar na nossa “Calculadora”. Como temos certeza de que o método retornaReajusteSalarial possui sua devida implementação dependendo do tipo de performance, garantimos, também, que não exista o cenário descrito anteriormente, onde o desenvolvedor esqueceu de implementar o cálculo do reajuste. É importante reforçar que esta não é a única forma de implementar o padrão de projeto Strategy, mas é um ótimo jeito de exemplificar como é mais fácil de implementá-lo no nosso código do que você imagina.  Opinião do Autor sobre o Padrão de Projetos Strategy Por mais que seja diversas vezes confundido por parecer complexo, o Strategy é bem mais simples de ser implementado do que parece e poderia muito bem ser mais visto no código de vários sistemas orientados a objeto. Durante o desenvolvimento, às vezes podemos acabar criando a ideia errada de que tentar aplicar Design Patterns consome muito tempo.  Na verdade, uma vez que você conhece e domina Design Patterns, eles só têm a agregar para a velocidade e elegância da sua solução. Os padrões de projeto facilitam o desenvolvimento e tornam a manutenibilidade e evolução do código mais simples. E você, já aplicou o Strategy em algum dos seus códigos? O que achou do deste design pattern? Deixe seu comentário!

Técnicas para migrar o seu sistema monolítico para microsserviços
Tech Writers Outubro 18, 2021

Técnicas para migrar o seu sistema monolítico para microsserviços

Introdução  Esse artigo visa explorar algumas técnicas para migrar o seu sistema monolítico para microsserviços baseado, principalmente, na obra de Sam Newman, o livro: Migrando sistemas monolíticos para microsserviços. Apesar de tentar consolidar os principais aprendizados extraídos do livro através dessa resenha, indico que, ao final da leitura, busquem se aprofundar no assunto através da obra original.  Entendendo melhor o contexto Primeiramente, precisamos entender os conceitos envolvidos, o que seria um sistema monolítico, suas vantagens e desvantagens, bem como o que é um sistema em microsserviços, vantagens e desvantagens. Sistemas monolíticos A palavra monólito pode ser conceituada como monumento ou obra constituído por um só bloco de pedra. Já um sistema monolítico, é aquele sistema único, este tem pelo menos três tipos: O de único processo (mais comum);O monolítico distribuído;E sistemas caixa-preta de terceiros. Sam Newman se refere àquele sistema de uma unidade de implantação, quando todas as funcionalidades de um sistema tiverem de ser implantadas em conjunto. Os sistemas monolíticos têm como vantagens: Subir rapidamente uma PoC ou MVP para validar um negócio ou produto;O ambiente de desenvolvimento fica mais simples quando a arquitetura é monolítica;Mais simples de testar, pois é possível testar a aplicação de ponta a ponta em um único lugar;Baixa comunicação entre redes;Topologia de implantação mais simples. Esse modelo também tem as suas desvantagens, como: Dificuldade de escalar;Por ser construído em um único código, se algo quebra, todo sistema pode ficar indisponível;Manutenção difícil dado o crescimento da base de código;Baixa flexibilidade sobre as linguagens de programação do projeto. Martin Fowler diz que: Aplicativos monolíticos podem ser bem-sucedidos, porém frustrantes – especialmente quando mais aplicações forem implementadas na nuvem. Ciclos de desenvolvimento são amarrados – uma mudança feita em uma pequena parte do aplicativo requer que o monolito inteiro seja republicado. Ao/]. longo do tempo ficará cada vez mais difícil manter uma estrutura modular, o que torna mais difícil fazer com que mudanças afetem apenas um módulo. Escalar requer escalar o aplicativo inteiro, não apenas as partes que requerem mais recursos. Microsserviços Sam Newman conceitua que microsserviços “são serviços que podem ser implantados de forma independente e são modelados em torno de um domínio”. A forma de comunicação entre eles também é importante, sendo através de redes. Assim, essa arquitetura de microsserviços tem como base vários microsserviços colaborando entre si. Uma das vantagens desses, os microsserviços são independentes de tecnologia, pois expõem as funcionalidades através de endpoints a serem consumidos através da rede, veja como um sistema distribuído. Outra vantagem e característica é eles terem implantações independentes. Dessa forma, você pode atualizar (alterar e implantar) um serviço sem ter que atualizar o restante do sistema, ou seja, esqueça a necessidade de orquestrar entregas múltiplas de múltiplos times para que seja tudo entregue em um pacote só. Lembrando que, para que isso seja verdade, devemos garantir um baixo acoplamento. Ao contrário de sistemas monolíticos, os microsserviços podem ser escalados independentemente. Essa vantagem pode auxiliar na distribuição adequada de recursos, redução de custos e muitos mais. Além disso tudo, como o domínio está encapsulado e externaliza suas funcionalidades por endpoints, eles podem ser reutilizados em várias aplicações. Citei algumas vantagens, mas não se limita a isso. Podemos trabalhar em paralelo nos serviços, incluir mais desenvolvedores para resolverem um problema sem que atrapalhem uns aos outros, reduzimos a complexidade cognitiva sobre o conhecimento de negócio e muito mais. É claro que vendi um sonho com várias vantagens, mas nem tudo são flores. O modelo tem seus desafios. Entre esses desafios, podemos citar a comunicação entre eles, ou seja, redes – temos que nos preocupar por exemplo com latências, falhas na entrega de pacotes. Outro desafio é a consolidação e leitura de logs para uma potencial depuração. Também tem o desafio de lidar com stacks variadas em diferentes serviços. Uma das discussões que sempre vem à tona é sobre o tamanho dos microsserviços. Este é um dos aprendizados do livro de Sam Newman – não se preocupe com o tamanho, ou número de linhas de código, mas sim com o negócio. No livro, ele foca em entender bem o domínio de negócio e por isso ele sugere a utilização de DDD (Domain-Driven Design). Não vou entrar no mérito de DDD, pois não é o foco desse artigo, mas com certeza vale muito aprofundar os estudos nesse tema. Técnicas para migração Antes de qualquer migração, é importante saber o porquê dela. O que você deseja alcançar com essa mudança, ter uma visão clara, pois essa mudança pode exigir um investimento significativo. Além disso, é normal demorar uma transição dessas, não é apenas questão da falácia do custo irrecuperável, mas as pessoas realmente esquecem o porquê de estarem fazendo o trabalho. Não menos importante, muitos dos benefícios alcançados com uma arquitetura de microsserviços podem ser alcançadas de outras formas, darei apenas um exemplo. O desejo de aumentar a autonomia das equipes é frequente, aumenta a confiança, motivação, liberdade e muitos outros benefícios. Como fazer isso? Um possível caminho é fazer com que diferentes equipes sejam responsáveis por diferentes partes do sistema. Nesse caso, um monolítico modular ajuda muito. Outra forma é identificar pessoas com maior conhecimento sobre determinadas partes do sistema e empoderá-las com a tomada de decisão sobre aquela parte. Mais uma forma de aumentar a autonomia pode ser adotando abordagens self-service para provisionamento de máquinas, ambientes, acesso a logs. Por fim, é importante saber quando não adotar microsserviços: Em domínios nebulosos;Startups;Software instalado e administrado pelos clientes;E quando não se tem um bom motivo! Mas digamos que você está convencido que o melhor caminho a ser tomado para você é realmente migrar o seu sistema monolítico para microsserviços. Vamos falar, então, de algumas técnicas. Aplicação strangler fig Essa é uma técnica muito vista na reescrita de sistemas. O padrão, inicialmente identificado por Martin Fowler, é inspirado em um tipo de figueira que germina nos galhos superiores das árvores. A árvore existente serve como um apoio para a nova figueira, que, se chegar nos estágios finais, será possível ver a árvore original morrer e apodrecer, restando somente a nova figueira. Olhando para software, a ideia é que o novo sistema tenha o suporte do sistema existente, permitindo coexistência, e que, ao momento que o novo sistema esteja pronto, possamos substituir o velho. Esse padrão é baseado em três passos: Identifique as partes do sistema atual que você deseja migrar – uma das formas de fazer isso é com uma análise de custo-benefício;Implemente a funcionalidade em seu novo microsserviço;Desvie as chamadas do sistema monolítico para o novo microsserviço. Diagrama baseado na figura 3.1 do livro de Sam Newman Chamo atenção para que, até a chamada para a nova funcionalidade seja feita, ela existirá em ambiente de produção, mas não estará tecnicamente ativa. Dessa forma, você tem tempo para desenvolver a nova funcionalidade até que esteja satisfeito com a nova implementação e gerenciamento do serviço. Uma das ideias aqui é separar o conceito de implantação de lançamento. Não quer dizer que a funcionalidade, por estar no ambiente de produção, ela realmente será usada pelos clientes. Isso te dá a liberdade de testar a nova funcionalidade em produção antes que ela seja utilizada. Outro ponto importante é que essa abordagem de migração gradual nos permite um rollback com muito mais facilidade. Composição de UI A técnica anterior estava focada numa migração no lado servidor, mas a interface de usuário também proporciona ótimas oportunidades. Imagine uma funcionalidade parte servida pelo monolito e parte servida por uma nova arquitetura de microsserviços. Uma das estratégias muito utilizadas nas migrações é a composição por páginas. Em vez de migrar tudo de uma vez, vão sendo atualizadas páginas, o que num momento de transição irá apresentar experiências distintas para os usuários quando utilizassem as partes novas do sistema ou site. Outra estratégia é fazer isso a partir da composição de widgets. No livro de Sam Newman, em um dos seus cases, a ideia foi pegar uma parte de um site, com desafios interessantes, mas que também não fosse a parte mais em evidência do sistema. A ideia era colocar algo no ar, aprender com a experiência e garantir que, se houvesse algum erro, não afetasse o core do sistema. O exemplo apresentado é de um sistema de viagens, o qual decidiram apenas pela implantação de um único widget que exibia os dez principais destinos de viagens definidos pelo novo sistema. Aqui, foi utilizada a técnica Edge-Side Includes, usando o Apache, onde um template foi definido em sua página web e um servidor web fornece o conteúdo. A composição de UI permite separar módulos distintos de UI que poderiam representar um formulário de pesquisa, um mapa, etc. A figura abaixo ilustra a ideia. Figura baseada nas figuras 3.20 3 3.21 do livro de Sam Newman Outro caminho, ao invés da composição de múltiplas páginas, foi o de aplicações single-page, tendo uma interface mais eficaz e que executa tudo num só painel. Aqui, a ideia é de uma composição de widgets. Houve tentativas de formatos comuns, uma dessas tentativas foi através da especificação de Web Componentes, mas a demora para que esse padrão ganhasse força fez com que as pessoas buscassem alternativas. Uma alternativa que tem ganho bastante força no mundo de frameworks Javascript como Vue, Angular e React é a de Micro Frontends. O termo Micro Frontend ganhou força em 2016 propondo a mesma ideia de microsservices que eram utilizados em backend, só que, dessa vez, para frontend. Os princípios que sustentam o microfrontend são: Ser agnóstico em relação a tecnologia;Cada serviço ser isolado e autocontido;Convencionar nomenclaturas para local storage, cookies e outros para evitar conflitos;Priorizar recursos nativos do browser ao invés de APIs customizadas;Construir um site resiliente e utilizável mesmo quando tiver problemas para carregar o código Javascript. Branch por abstração Anteriormente, falamos do padrão strangler fig, no qual intercepta chamadas no perímetro do sistema monolítico. Mas e se a funcionalidade que desejamos extrair estiver muito enraizada? Desejamos fazer mudanças sem causar problemas para o sistema e tão menos para os desenvolvedores que trabalham naquela base de código. Isso nos leva a querer fazer alterações rápidas com o objetivo de evitar perturbações. Normalmente, desenvolvemos código em branchs e, quando estas alterações estiverem prontas, fazemos o merge para a master. Quanto mais tempo essa branch existir, maiores serão os desafios para se fazer um merge. Então, a ideia aqui é conseguirmos desenvolver código de forma incremental, sem grandes perturbações e sem utilizar de uma branch de código de longa duração. A branch por abstração permite fazer alterações no código existente a fim de permitir que as implementações coexistam com segurança. O padrão tem 5 passos: Criar uma abstração para a funcionalidade desejada;Mudar as chamadas para que usem a nova abstração;Fazer a implementação da abstração com a funcionalidade retrabalhada, a qual chamará o novo microsserviço;Fazer a troca da abstração para que a nova implementação seja usada e,Fazer uma limpeza da abstração e remover a antiga implementação. Abaixo, tento ilustrar como seria cada uma dessas etapas. Imagine que temos um sistema fiscal que trata da NF-e (nota fiscal eletrônica), os títulos gerados, escriturações, ajustes, transferências, devoluções e por fim gerando uma apuração. O primeiro passo seria selecionar a funcionalidade a ser substituída e criar uma abstração. Um dos aprendizados de Sam Newman é tentar iniciar por funcionalidades com um baixo número de inputs e outputs. Logo, a NF-e e a Apuração seriam os últimos a serem escolhidos. Nesse exemplo, irei escolher a escrituração para iniciar a decomposição do nosso monolito em microsserviços. Passo 1: Cria abstração Passo 2: Usa abstração Passo 3:Cria outra implementação Passo 4: Faz a troca de implementação Passo 5: Faz a limpeza Conclusão Nesse artigo, falei de algumas técnicas para decompor o seu sistema monolítico, mas existem dezenas de outras formas. No próprio livro de Sam Newman ele mostra outras técnicas, como: Execução em paralelo;Colaborador decorador;Captura de dados modificados;Sem falar nas decomposições relacionadas a banco de dados, que nem foram citadas nesse artigo. Importante saber que, num projeto real, normalmente será necessário um mix de técnicas para ser bem-sucedido na decomposição de um sistema monolítico para microsserviços. Outro grande aprendizado foi de que não é preciso fazer uma migração dessas para se ter muitos dos benefícios de uma arquitetura de microsserviços, logo, tenha bem claro o motivo para fazer um trabalho desses. Lembre-se de que só é gerenciado aquilo que se mede. Então, esteja bem munido de indicadores para acompanhar o andamento do projeto e o sucesso dado os objetivos definidos. Por fim, entenda que é necessário envolver as pessoas num processo de migração desses, elas são fundamentais para o sucesso do projeto. Alinhe os objetivos, expectativas, apresente os indicadores e relembre estes de tempos em tempos.