Os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) representam uma resposta global da ONU aos desafios contemporâneos, sucedendo os Objetivos de Desenvolvimento do Milênio (ODM).
Lançados em 2015 como parte da Agenda 2030, os 17 ODS abrangem áreas críticas para o desenvolvimento sustentável, como erradicação da pobreza, proteção ambiental, promoção de educação de qualidade, igualdade de gênero e ação climática.
Estes objetivos têm como finalidade garantir a paz, a prosperidade e o bem-estar global até 2030. A relevância dos ODS transcende governos, englobando empresas, organizações e indivíduos, fornecendo uma orientação clara para a implementação de ações sustentáveis e integradas globalmente.
ODS no Contexto Corporativo
No contexto corporativo, a integração dos ODS nas estratégias empresariais é fundamental para enfrentar os desafios atuais. As empresas que adotam frameworks internacionais, como os ODS, conseguem alinhar suas iniciativas às demandas globais, promovendo transparência e comparabilidade.
Além disso, os ODS servem como um guia para organizações que buscam maximizar seu impacto positivo, mas ainda não sabem por onde começar.
Incorporá-los ao planejamento estratégico fortalece o posicionamento da marca e contribui para atrair e reter talentos. Esta integração também:
- Melhora a reputação corporativa;
- Abre novas oportunidades de mercado;
- Assegura a sustentabilidade a longo prazo;
- Responde às necessidades e expectativas dos principais stakeholders.
Relacionar os ODS aos programas de ESG (Environmental, Social, and Governance) permite que as empresas abordem questões críticas com impacto direto nos ODS. Isso garante operações e estratégias que contribuem significativamente para um desenvolvimento sustentável e inclusivo.
A relação entre os ODS e os programas de ESG é direta, pois ambos compartilham a promoção de práticas empresariais sustentáveis e responsáveis. A adoção de um programa de ESG bem estruturado permite que as empresas enderecem questões críticas relacionadas a sua atuação, com impacto nos ODS.
ODS e ESG na Softplan
Na Softplan, nosso programa de ESG em processo de estruturação se fundamenta em três pilares: Soluções Inovadoras, Relações Transformadoras e Operações Confiáveis.
Todos eles estão diretamente correlacionados aos ODS e foram estruturados a partir de orientações e metodologias internacionais, como o Global Reporting Initiative (GRI), o Pacto Global da ONU e diretrizes nacionais como o Instituto Ethos e o Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3.
O objetivo fundamental desse processo é definir os temas materiais da organização, ou seja, as áreas ou temáticas que geram os impactos (positivos ou negativos) mais significativos que a empresa causa (ou pode ou poderia causar) nos seus stakeholders mais relevantes.
A partir dos temas materiais que emergiram do nosso processo de escuta e engajamento com os stakeholders, identificamos os ODS impactados, que levou ao posicionamento nos pilares estratégicos:
- Soluções Inovadoras: utilizamos a tecnologia para acelerar a eficiência nos negócios e propor soluções que promovam inovação e impactos positivos para os clientes, a sociedade e o meio ambiente (ODS 9, 10, 11, 13 e 16);
- Relações Transformadoras: acreditamos no poder transformador do conhecimento, por isso fomentamos um ecossistema que promova o desenvolvimento e a inclusão de colaboradores e comunidades (ODS 3, 4, 5 e 8);
- Operações Confiáveis: temos foco contínuo na execução precisa, segura e ética de todas as atividades, garantindo a confiabilidade e a consistência em cada processo (ODS 16).
Como medir e prestar contas
Estamos comprometidos com a mensuração e prestação de contas dos nossos impactos, reconhecendo a importância de indicadores e critérios que façam sentido para a Softplan e nossos stakeholders.
Esse processo é fundamental para assegurar a transparência e maximizar o impacto positivo de nossas ações. Através do engajamento contínuo com clientes, colaboradores, investidores e outros stakeholders, buscamos melhorar constantemente nossos métodos de avaliação, garantindo que nossas iniciativas contribuam efetivamente e genuinamente para os ODS.
A Softplan está em uma situação privilegiada em termos de potencial de gerar impactos positivos.
No setor público, temos 9 soluções de Digital Transformation que atuam diretamente para ampliar e qualificar a prestação de serviços públicos à sociedade. Ou seja, mais eficiência e qualidade se transformam em maior bem-estar e justiça social.
Já na construção civil, possuímos um ecossistema que hoje conta com 7 soluções.
Este setor, pela sua natureza de atuação, é um grande emissor de gases de efeito estufa. Isso significa que a redução de desperdícios e maior eficiência podem representar menos poluição.
A construção civil também se constitui como um setor indutor de crescimento econômico. Segundo a ABRAINC, a cadeia da construção civil movimenta 62 atividades econômicas, que juntas representam 8% do PIB, ou seja, o dobro do impacto direto.
Conforme dados do IBGE, na PNAD Contínua, em 2023 7,244 milhões de pessoas trabalharam na cadeira da construção civil. Dessas, 2,748 milhões de maneira formal. Ou seja, existe potencial para formalizar 4,5 milhões de trabalhadores.
Como fazemos
Medir esse impacto adequadamente é o primeiro passo para dar início ao ciclo virtuoso da melhoria contínua. No caso de nossas soluções do setor público, pensando no stakeholder Cliente, criamos a Central de Indicadores ESG.
Ela é uma ferramenta que colabora diretamente com a prestação de contas dos resultados obtidos para a sociedade e os clientes de forma clara e transparente.
Outra vantagem é promover a discussão estratégica contínua com os stakeholders sobre como as nossas soluções podem maximizar os seus impactos positivos e eventualmente evitar, minimizar, mitigar ou remediar os negativos.
Pensando em nossas soluções para o Setor Público, mais especificamente para Tribunais de Justiça, temos o SAJ (Sistema de automação da Justiça). O processo judicial digital, que elimina a necessidade de consumo de papel, oportunizou em 2023 uma economia de 68 mil toneladas de gases do efeito estufa (isso equivale a uma frota de quase 60 mil veículos trafegando nas ruas em um ano), o que está diretamente relacionado ao ODS 13 – Ação contra a mudança global do clima.
Fica a pergunta (e consequentemente o objetivo e planos de ação): para 2024, como podemos reduzir ainda mais esse volume de emissões?
Outro exemplo. Ainda em 2023, os Departamentos de Estradas e Rodagem e Secretarias Estaduais de Infraestrutura, que utilizam o Sider, levaram em média 23 horas para aprovar as medições de contrato, o que representa um ganho de 45% em relação a 2022.
Uma medição mais rápida contribui para uma maior agilidade em processos de construção e fiscalização de obras públicas, que por sua vez conversam diretamente com os ODS 9 – Indústria, Inovação e Infraestrutura.
Ainda sim, para 2024, como podemos apoiar os nossos clientes para diminuir ainda mais o prazo de aprovação?
O ODS 16, por exemplo, que trata de Paz, Justiça e Instituições Eficazes, é praticamente a razão de ser toda a suíte SAJ de soluções, atendendo aos Tribunais de Justiça, Ministérios Públicos, Defensorias Públicas e Procuradorias.
Nossa atuação na construção civil também tem um impacto orgânico e direto. Um artigo recente da Associação Brasileira de Incorporadoras Imobiliárias correlacionou a cadeia da construção com 9 diferentes ODS.
Já um estudo da Green Building Council de 2019 é ainda mais didático em apresentar a relação dos ODS com a cadeia da construção civil:
Os ODS representam um marco na busca por um futuro mais justo, equitativo e sustentável. Através da Agenda 2030, a ONU não apenas oferece um plano de ação abrangente para enfrentar os maiores desafios globais, mas também proporciona uma estrutura universal que pode ser adotada por governos, empresas e indivíduos.
No âmbito corporativo, a integração dos ODS nas estratégias empresariais é uma questão de responsabilidade social e uma oportunidade de inovação e crescimento sustentável.
A relação entre os ODS e os programas de ESG (Environmental, Social, and Governance) destaca a importância de práticas empresariais responsáveis que impactam diretamente as metas globais.
A adoção de princípios ESG bem estruturados permite que as empresas contribuam de maneira significativa para os ODS, abordando questões críticas relacionadas ao meio ambiente, sociedade e governança.
Na Softplan, o compromisso com a sustentabilidade é refletido em nossos três pilares: Soluções Inovadoras, Relações Transformadoras e Operações Confiáveis, cada um relacionado às finalidades específicas dos ODS.
A mensuração e prestação de contas são essenciais para garantir a transparência e maximizar o impacto positivo de nossas ações. Ao desenvolver soluções para o setor público e a construção civil, buscamos também a promoção do bem-estar social e a redução de impactos ambientais.
Ferramentas como a Central de Indicadores ESG e iniciativas como o SAJ (Sistema de Automação da Justiça) exemplificam nosso compromisso com a sustentabilidade e a inovação.